Aniversário todos sabem o que é. Desaniversário é cada um dos outros dias do ano que não é nosso aniversário de nascimento. Invenção da rainha de Copas do conto infantil “Alice no país das Maravilhas”.
Sendo hoje meu desaniversário não posso deixar de comemorar meus quinze anos de aniversário. Como? Há quinze anos sofri um enfarte agudo do miocárdio inferior esquerdo, e sobrevivi. Mudei-me de cidade e mudei meus hábitos.
Fui morar num endereço onde a propaganda afirmava: “aqui, você Beth, vai levar no mínimo quinze anos para morrer de repente”. Já estando com cinquenta, na época, aproveitei a sugestão!
Mudei o mau hábito de preocupação com assuntos que não eram da minha alçada. Tudo que posso resolver, resolvo. O que é difícil demais para mim, peço auxílio a quem for mais apto... E o que não tem solução considero que “Solucionado está”. Aí sim, me adapto às novas circunstâncias, ou... saio fora.
Hoje vivo melhor e mais feliz! Carrego a alegria de uma debutante nos bailes que a vida me oferece.
Agradeço ao meu Deus todos os dias as oportunidades, que me são oferecidas de: experiências, aprendizados, superações, reencontros e novas amizades.
Uma das coisas que fiz e posso recomendar é a integração do(s) interessado(s) a um grupo com atividades para a terceira idade. Não sei quem inventou, mas para mim tanto faz se foi o Chapeleiro maluco, o Coelho ou a própria Alice do País das Maravilhas. Só sei que meus avós não tiveram tal chance, e não quero perder a minha.
A programação inclui cuidados com a saúde do corpo e da mente; atualizações sobre assuntos variados; diversão; passeios; comemorações, e ainda está aberta a sugestões de acordo com outros interesses do grupo.
Feliz desaniversário para mim, e para todos meus colegas!
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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